domingo, 19 de abril de 2009

"Nas chances que se perdem por medo,
Nas idéias que nunca sairão do papel
Por essa maldita mania de viver no outono

Pergunto-me, às vezes,
O que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor,
Está estampada na distância e na frieza dos sorrisos
Na frouxidão dos abraços,
Na indiferença dos "bom dia" quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem
Até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece,
O desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos
Para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
E o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira,
Não aflige nem acalma,
Apenas amplia o vazio que
Cada um traz dentro de si.

Preferir a derrota prévia à duvida da vitória
É desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão,
Para os fracassos, chance,
Para os amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio
Ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor
Não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque,
Que a rotina acomode,
Que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...
Porque, embora quase morre esteja vivo,
Quem quase vive já morreu."


(Luiz Fernando Veríssimo)



"Ainda pior que a convicção do não, a incerteza do talvez
é a desilusão de um "quase"."



;)

2 comentários:

  1. I love your posts, you make strong traits
    if the person did not understand the message ... it is very stupid to lose a chance with you ...

    "a wasted opportunity .."
    if only I could have a *-*

    love.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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